terça-feira, 13 de outubro de 2009

CORAÇÃO DE NORDESTINO

Há alguns anos atrás, aprouve a Deus me levar para um seminário interdenominacional, precisamente do ministério JUVEP, onde a paixão predominante é alcançar os perdidos. Perdidos no mundo escravizado pelas drogas, pelos vícios, prostituição, crime... Ou seja, um mundo dominado pelo império do mal. E alí, naquela casa de profetas, Deus colocou no meu coração, também, o amor pelas almas em conflito, de maneira que a princípio eu pensei ir embora para um país africano onde nem se cogita o estudo e o conhecimento da palavra que salva e liberta o homem algemado pelos prazeres mundanos, conforme o evangelho de João 8:32.
Hoje, porém, ao visitar o blog do Sr. Everaldo Batista, onde ele enfatiza o amor por Missões eu voltei a me lembrar de algo que me aconteceu por ocasião de um avanço missionário no sertão do nordeste, onde pela primeira vez, eu ouvi a música, cuja letra posto logo abaixo juntamente com o vídeo da Banda Sal e Luz que dá uma interpretação surpreendente e com muita unção a letra em referência.

A letra desta música teve o poder de lavar a minha alma e falar ao meu coração de que o povo sofrido do nordeste também é carente desta palavra que sara, liberta e transforma a vida de todo aquele que mediante a fé, se decide pelo carpinteiro de Nazaré que com suas mãos furadas vai tocando e libertando todo aquele que se dispõe a colocar sua vida sofrida aos pés de Sua Cruz.


"CORAÇÃO DE NORDESTINO"

Vem Jesus liberte o coração do nordestino Do homem, do menino que nasceu aqui.
Vem Jesus transforme, mude sua história faz ele feliz!
Do menino que brinca de baleadeira, da mulher rendeira lá do Ceará...
Do homem boiadeiro que canta toada para não chorar...
A seca castiga e o gado morre, e o rio é dos olhos teus
Meu Nordeste carente, povo tão valente, Deus ama você.
Vem Jesus...
Ceará, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Pernambuco, Bahia...Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão
Eita terra linda...Meu Jesus morreu também pelo Nordeste, pelo Sertão, Pelo Agreste, pelo sanfoneiro
Pelo homem sem escola, homem sem vitória Pelo violeiro...
Vem Jesus...
Nordestino querido você que me escuta
Pelo Sertão, pela cidade Jesus Cristo deseja encher tua vida De felicidade...
Meu Jesus morreu também pelo Nordeste, pelo Sertão, Pelo Agreste, pelo sanfoneiro
Pelo homem sem escola, homem sem vitória pelo violeiro...
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Ministério Sal da Terra
Composição: Marcos André Fernandes

domingo, 27 de setembro de 2009

EXPIAÇÃO

O que é expiar? O que podemos entender por Expiar?
Expiar é remir (a culpa)... Expiar é cumprir a penitência...
É reparar;
É resgatar;
É sofrer as conseqüências de...
Em outras palavras, Expiação comunica a idéia de cobrir o pecado mediante um “resgate”, de modo que haja uma reparação ou restituição adequada pelo delito cometido. E somente, Deus em Cristo, seria capaz disso.

Vamos tentar entender o processo da Expiação:

À luz da Bíblia, quem faz a expiação é o sangue.

No Antigo Testamento, nós vamos ver uma classe de contrições que consistia em sacrifícios expiatórios, e cuja finalidade era a de reparar os pecados.

O texto de Levíticos 16, descreve o dia da Expiação em Israel. E o dia da Expiação, era o dia mais importante do ano judaico. Nesse dia, o sumo sacerdote, vestia as vestes sagradas, e de início preparava-se mediante um banho cerimonial com água. Em seguida, antes do ato da expiação pelos pecados do povo, ele tinha de oferecer um novilho pelos seus próprios pecados. A seguir, o sacerdote tomava dois bodes e, sobre eles, lançava sortes: um tornava-se o bode expiatório e o outro o bode emissário. Sacrificava o primeiro bode, levava seu sangue, entrava no lugar santíssimo, para além do véu, e aspergia aquele sangue sobre o propiciatório, o qual cobria a arca contendo as duas tábuas de pedra e assim se fazia expiação pelos pecados da nação inteira (Lv 16.15-16).

Como etapa final, o sacerdote tomava o bode vivo, impunha as mãos sobre sua cabeça, confessava sobre ele todos os pecados dos israelitas e o enviava ao deserto, simbolizando isto, que os pecados deles eram levados para fora do arraial (Lv 16.21-22).
O dia da expiação era uma assembléia solene em que o povo jejuava e se humilhava diante do Senhor (16:31). E este ato se repetia cada ano da mesma maneira.

Outro texto que nos dá a idéia da Expiação no A.T. está No livro de Êxodo (Ex.32:30-32).
Nesse texto, nos vemos o fator Expiação e o fator substituição, quando Moisés se oferece em prol do povo de IsRAEL.
Muitos outros textos na Bíblia expressam os princípios da substituição e da Expiação. E nós vimos que no Antigo Testamento, ao invés do pecador ser sacrificado... Os animais é que eram sacrificados para que houvesse remissão dos pecados.

No Novo Testamento, assim como no caso de Abraão que Deus providenciou um cordeiro para substituir Isaque, Deus, também providenciou um substituto divino pelo pecador, de modo que o substituto recebesse o juízo, e o pecador o perdão.

Nesse caso, qual a visão que a Cruz de Cristo nos traz?

A visão de Deus agindo por amor de nós e a visão de nós mesmos quando Jesus nos substituiu, assumindo o cumprimento das nossas penalidades. O que significa dizer que o sangue de Cristo derramado na Cruz é a expiação plena e definitiva que Deus oferece a raça humana.


AUTO-SUBSTITUIÇÃO DE DEUS


A história de Abraão e Isaque postada anteriormente, nos dá a ideia de como se processava a auto-substituição de Deus, no Antigo Testamento.

O Novo testamento também trás alguns textos que nos dá a idéia da morte de Cristo por substituição(I PE.2:24; Hb. 9:28).

E assim, O SENHOR JESUS suportou sobre Si todo o peso do furor da ira de DEUS contra o nosso pecado, e, na Cruz, por amor, Ele nos substituiu, ganhando para nós o perdão, a adoção e a glória.

Além do processo da substituição, a Bíblia relata outras formas pelas quais Deus em Cristo, assumiu todos os nossos pecados. Nossas próximas postagens irão versar sobre cada uma dessas formas pelas quais Cristo na Cruz de Calvário, levou consigo uma culpa que não era dele. Caso você esteja interessado(a), a oportunidade é esta. Veja, com atenção cada uma das nossas postagens posteriores, e que Deus o (a) abençoe!

DEUS PROVERÁ

No texto anterior, nós vimos algo sobre o problema da Auto-Substituição de Deus. E o que podemos entender sobre Auto-Substituição de Deus?

Bom gente, não é preciso ir muito além para entendermos que o SENHOR JESUS, o eterno Filho de DEUS-Pai, foi o nosso substituto na Cruz do Calvário. Porém, substituir simplesmente, não adiantava nada. Biblicamente falando, para que houvesse remissão de pecados, era necessário haver derramamento de sangue (Hebreus 9:22). A Bíblia diz que Ele (Jesus), se entregou por Si mesmo para nos substituir lá na cruz (Gálatas 1:4). E a Bíblia nos dá alguma noção de como o princípio da substituição acontecia. Alguns textos do Velho Testamento, nos ajudam a compreender melhor a auto-substituição de Deus.

· A história da Páscoa...
· Isaias 53:1-12
Para mim, no entanto, a história que mais se aproxima da auto-substituição de Deus é a história de Abraão e Isaque ( Ver e ouvir o vídeo abaixo).
Todos nós já ouvimos a história de Abraão, mas, muitos passam por ela sem dar muita atenção nos detalhes e nas pistas que Deus deixou para a vinda de Cristo, assim como a história de Entrega e de Perdão que foi desenrolada no Monte Moriá, e, como semelhantemente foi descrita na Cruz de Cristo.

Abrão, servo fiel a Deus, era um grande pastor que muito prosperava, mas nessa fartura toda havia um porém. Apesar de ter muitas posses e terras, sua mulher Sarai não podia gerar filhos, não podia lhe dar o bem que era mais precioso naquela época, filhos, descendentes que pudessem levar seu nome e sua semente à frente ( notemos que hoje os padrões mudaram e a pessoas nem filhos desejam ter mais). Abrão era fiel, servo temeroso, e não recebia a vitória enquanto outros que adoravam outros deuses e ídolos tinham vários filhos, e com toda essa pressão você acha que Abrão murmurou ? Não! Ele chorou, blasfemou ? Também não! Ele colocou sua vida na mão de Deus, confiou e esperou.
Muitas vezes diante de um problema a gente se esquece que tem um Deus que tudo pode, que sabe das nossas necessidades e que tem o tempo exato para nos dar a vitória.
Sendo Abrão servo fiel que amava a Deus, Deus flhe fez uma promessa, dizendo-lhe que dele sairia uma grande nação, e disse mais que a partir daquele dia seu nome não seria mais Abrão e sim Abraão, o nome que nós conhecemos, que significa Pai das Nações. E Abraão gerou dois filhos Ismael e Isaque. Ismael era filho de Agar serva de Sara sua mulher ( nome que Deus deu a Sarai quando lhe fez a promessa de abrir sua madre ), e Isaque era o milagre de Deus, filho de sua mulher estéril, e que havia sido gerado quando Abraão tinha 100 anos de idade. Surpreendente não?
É ai que começa a verdadeira mensagem. Quando Isaque, o milagre de Deus na vida de Abraão, era adolescente e tudo parecia correr bem, Deus vem a Abraão e lhe diz para sacrificar seu filho no monte em que ele ordenasse.
Antigamente, o sacrifício de animais puros sem mancha, era o meio do homem pedir perdão a Deus pelos seus pecados, porém Deus não havia pedido o sacrifício de um animal mas sim do próprio filho de Abraão. E a partir dali, toda a promessa que Deus havia feito a Abraão parecia terminar, pois seu filho Ismael havia ido embora com sua mãe Agar, e restara apenas Isaque o qual Deus pediu para ser sacrificado.
Gente, imagine quão difícil era essa decisão! Sacrificar seu único filho, o herdeiro que levaria sua semente... E a promessa que Deus havia feito iria morrer ali junto com ele...
Deus nos prova naquilo que mais amamos, o dinheiro, o carro, a casa, o cônjuge... Porém ele não quer ver nosso mal, ou quer nos ver blasfemando... Ao contário, Ele quer nos ver forte e fiel a Ele, pois como diz a palavra, onde está o teu tesouro ali estará o teu coração. Se você ama mais o dinheiro do que a Deus com certeza ali está o seu coração e não em Deus.
Lembre-se da história do jovem Rico que disse a Jesus: Mestre eu sigo todos os mandamentos, reparto tudo o que tenho e dou aos pobres, sou temente e verdadeiro o que mais faço para herdar o Reino de Deus ? E Jesus disse: Vende tudo o que tem e me segue, então o moço muito se entristeceu e foi embora porque ele tinha muitas posses. Não seja como este jovem rico, pare um pouco agora antes de continuar essa leitura e pense, onde está o teu tesouro?
Abraão não reclamou, pois amava a Deus e sabia que na hora certa ele proveria uma solução.
Foram três dias de caminhada até o monte Moriá, três dias de puro sofrimento a Abraão, pois sabia que estava a caminho do holocausto do seu próprio filho.
Imagine a angústia desse Pai!
Imagine a dor de saber que a promessa estava para ir embora e sonhos para acabar em poucas horas!
Ao chegar no monte, Isaque perguntou ao seu Pai, ” temos a lenha e o fogo, mas onde está o Cordeiro ? “, então Abraão respondeu : ” Deus proverá!”
Em momento nenhum, a Bíblia menciona que Isaque se opôs ou lutou contra seu Pai (e aqui nós vemos mais um exemplo de obediência), e Abraão com a lâmina alçada para imolá-lo foi impedido por Deus que mostra a Abraão um cordeiro que seria morto no lugar de seu filho!

Aquele lugar foi chamado Moriá que significa Deus Proverá. Abraão foi fiel a Deus e Deus o recompensou grandemente, muitos não entendem o por quê disso tudo, mas Deus já muito antes, queria mostrar a seu Povo como seria a redenção dos Pecados da Humanidade.
Como assim ?
Assim como Abraão amou a Deus a ponto de aceitar sacrificar seu filho, Deus nos amou, um amor incomparável e deu seu filho para morrer por nós.
Note também que para Isaque não ser morto, um cordeiro puro sem pecados, sem manchas foi morto no lugar dele; foi assim também conosco, para que nós não morrêssemos e tivéssemos a redenção de nossos pecados o cordeiro sem pecado e sem manchas que é Jesus foi entregue em nosso lugar, e como o cordeiro salvou a vida de Isaque assim Jesus salvou a nossa vida, Deus desde o começo nos deu pistas de como nos salvaria, do quanto nos ama, para que nós pudéssemos entender a Salvação e Redenção pela cruz.


ALTAR DE SACRIFÍCIO

Na postagem anterior, nós vimos que A Cruz de Cristo, responde a todos os questionamentos a respeito de Deus e da salvação, porque ela é o símbolo do amor de Deus.

Vimos ainda que o diabo não tem mais nenhum poder sobre nós porque através do sangue de Jesus, Deus nos resgatou por um preço muito alto.

Muita gente, porém, que acredita em Deus, no pecado, e na divindade de Cristo, não consegue entender por que Jesus teve que morrer; ou ainda, por que Deus não pôde simplesmente nos perdoar?
E conforme nós já vimos, o que realmente culminou com a morte de Cristo na Cruz, foi o “Pecado”.
A respeito do “pecado”, nós já o definimos por impureza, ou uma força maligna que nos faz estar centrados em nós mesmos. Pecado é uma relação quebrada, rejeitando Deus como o centro do nosso coração. Pecado é uma violação da Lei e do caráter justo de Deus. E isso gera culpa.

Lá no Antigo Testamento, animais eram sacrificados para que houvesse remissão dos pecados. Mas, apesar de caído, Deus sempre amou o homem, fruto de sua criação. E para que o homem não fosse sacrificado, alguém tomava o seu lugar e naquele tempo, animais eram sacrificados em nosso lugar.
Se estudarmos os livros de Êxodo e Levítico especificamente, veremos que sacrifício era algo que era oferecido por um sacerdote sobre o altar. E todos eles, apontava para a morte de CRISTO lá na cruz do Calvário.

Novo Testamento, Deus resolveu este problema definitivamente... como?

Entregando Seu Filho em sacrifício. Dessa maneira, Jesus morreu na Cruz em nosso lugar, salvou-nos, e a partir daí não foi mais necessário qualquer sacrifício.
O tópico seguinte, versa sobre o fato da auto-substituição de Deus.

domingo, 20 de setembro de 2009

A CRUZ SATISFEZ A TODOS

No texto anterior, nós vimos “O problema do Perdão”

E vimos que foi pela gravidade do nosso pecado que Deus, infinitamente santo, levou seu filho a cruz.

Agora, a quem Deus estava satisfazendo levando seu filho a Cruz?

Vejamos: As pessoas levam a vida buscando algum tipo de satistação...
Joias...
Carros...
Dinheiro...
Casa própria...

Muitos só se sentem satisfeitos quando adquirem alguma coisas assim.

E a cruz de Cristo, satisfez a quem?
A cruz de Cristo satisfez a todas as pessoas.

A cruz, satisfez a todos porque através do sacrifício de Jesus alcançamos a paz real, que satisfaz.


A Cruz de Cristo, só não satisfez ao diabo.
A noção de que foi o diabo que tornou a cruz necessária era, porém, geral na igreja primitiva...

Os crentes da igreja primitiva, reconheciam que desde a queda e por causa dela, a humanidade estava cativa não somente ao pecado e à culpa, mas também ao diabo...

E ainda hoje, há pessoas que acham que a cruz foi necessária por causa do diabo...

Jesus, no entanto, ensinava que “o valente é vencido por aquele que é mais valente”. Ver Lc.11:22 - mas, sobrevindo outro mais valente do que ele, e vencendo-o, tira-lhe toda a armadura em que confiava, e reparte os seus despojos.

Portanto, pensar que a humanidade em geral é cativa do pecado e do diabo é dar ao diabo o direito de ter certos direitos sobre o homem, os quais até o próprio Deus é obrigado a satisfazer de modo honrável... Como se a cruz fosse o preço do resgate exigido pelo diabo, para libertar os seus cativos...

Na realidade, segundo Hb. 2:14, o diabo tem sobre nós o poder da morte, (morte espiritual) porque somos pecadores, mas sobre Jesus ele não tem.

Por que? Por que Jesus não tinha pecado...

Portanto, não existe nenhuma transação entre Cristo e o diabo para que Jesus fosse a Cruz.

Vejamos Hb. 2:14 - Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo;

Assim, Jesus foi a Cruz por amor a cada um de nós... A cruz é a expressão viva do amor de Deus que foi a cruz para nos salvar de todos os nossos pecados.

Vejamos Atos 2:23-24 - a este, que foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos;
ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.

Quem, pois entregou Jesus para ser crucificado? - Deus

Quem ressuscitou Jesus? Deus

Por que Jesus ressuscitou? Por que Ele não podia ser detido pela morte

Isto significa dizer que toda noção da morte de Cristo que a relacione a uma necessária transação com o diabo ou com o seu engano está fora de cogitação.

· Satisfação da lei
Vejamos I João 3:4 - Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia.

· O que é pecado? Transgressão da lei


Na semana passada, dentre as várias definições sobre pecado, nós falamos sobre Anomia, que é desrespeito, violação de uma lei conhecida...

E o que acontece com quem transgride a lei ou deixa de cumpri-la? Erra...Peca.

De uma forma geral, toda lei apresenta uma sanção, ou seja, uma pena, um castigo para quem não a cumpre.

Por exemplo:
Quem não paga os impostos tem que pagar uma multa...

Quem não cumpre as leis de transito perde pontos na carteira de habilitação, e pode até perder o direito de dirigir...

Foi o que aconteceu conosco!

O homem pecou e ficou sujeito às sanções da lei, mas Jesus veio, morreu pelo homem pecador, livrando-o de tais penalidades.

Josh McDowell comumente usa um incidente ocorrido há vários anos na Califórnia para ilustrar o que Jesus realizou na cruz.
Uma jovem foi detida por um policial por excesso de velocidade. Ela recebeu a multa e compareceu perante o juiz, como estabelece a lei da Califórnia. O juiz leu a acusação e perguntou a jovem:
· "Você se declara culpada?".
· Sim - respondeu a moça.
O juiz baixou o martelo e a multou em 100 dólares ou dez dias de detenção.Logo após, aconteceu um fato impressionante. O juiz levantou-se, tirou a toga, deu a volta e chegou à frente da mesa. Retirou a carteira do bolso e pagou a multa.
O juiz pagou a multa???

Aquele juiz era pai da moça.
Ele amava muito a filha, mas não poderia simplesmente lhe dizer: "Como eu lhe amo muito, lhe perdôo. Pode ir embora".
Se tivesse procedido dessa maneira não seria um juiz honesto. Não estaria cumprindo a lei.

Mas ele amava tanto a filha que estava disposto a desvestir-se da toga, descer de sua posição, ir à frente do tribunal, e representá-la como seu pai e pagar a multa.
Essa ilustração nos mostra até certo ponto o que Deus fez por nós através de Jesus.
A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte.

Sendo assim, todos nós, sendo pecadores, estávamos condenados a não gozar da vida Eterna que Deus nos reserva. Porém, sendo um Deus de amor, Ele estava disposto a descer de seu trono na forma de Jesus e pagar o preço por todos nós, que foi sua morte na cruz.
Talvez você esteja se perguntando: Não seria muito mais fácil Deus apenas nos perdoar e não nos instruir a não mais pecar?
Por muitas vezes Deus instruiu o povo a não pecar e o perdoou. Primeiro precisamos entender que sempre que há perdão, há também algum tipo de compensação.

Digamos que eu insulte vocês na frente de várias pessoas. Mais tarde, arrependida, vou até vocês e digo: me desculpem, fui uma tola, me perdoem pelo que eu fiz. Vocês podem até me perdoar, porém quem estará pagando o preço do insulto é vocês.Foi exatamente isso que Deus fez, nos perdoou no seu infinito amor, mas estava disposto a descer de seu trono, e ele próprio pagar o preço por todos nós através de seu sacrifício na cruz, e para que através desse sacrifício e de nossa confiança em Jesus nós pudéssemos novamente estar unidos com Deus.

· Outro nível de satisfação da Cruz se refere à honra e à justiça de Deus...

· Vocês acham que o perdão de Deus a nós tem o mesmo significado de perdoarmos uns aos outros?
Não. Porque o pecado é algo muito sério. Significa ferir a honra do próprio Deus.

· O que o homem deveria fazer para ser perdoado?
R. Pagar pelos próprios pecados

· O homem conseguiria fazer isso? Porque?
R. Não. Por que ele é pecador

· O que foi feito, então, para resolver esta questão?

R. Jesus, o Deus-homem sem pecado, morreu na cruz para trazer salvação ao homem pecador.

Vejamos o texto de Filipenses 2:5-8 –Que sentimento, então, houve em Jesus e que deve haver em nós?
R. Não devemos querer ser igual a Deus

· Qual foi a atitude de Jesus perante Deus?
R. Esvaziou-se, tomando a forma de servo e tornando-se semelhante ao homem.

· Que atitude Jesus tomou, sob a forma humana?
R. Atitude de humildade e de obediência até à morte

· E qual foi o resultado dessa atitude de Jesus?
Ele foi exaltado soberanamente por Deus.

· Deus satisfez a si mesmo

Quando Jesus foi a Cruz morrer pelo pecador, restaurou a honra de Deus que havia sido atingida pelo pecado do homem. Este fato provocou uma desordem que só a morte de Jesus poderia restaurar.

Ver Ezequiel 36:21-23 . Como Deus se sentiu diante do pecado do homem?
R. Ele sentiu que Sua Casa foi profanada

· Qual a razão que levou Deus a poupar o homem?
R. O amor a seu Santo Nome

· Por que Deus fez isso em amor a Seu santo nome?
R. Para que as nações soubessem que só Ele é Santo.

Colocar agora no quadro a expressão “O Santo amor de Deus”.

Perguntas:
1. O que o Santo amor de Deus é capaz de fazer?
· Ver no pecador um filho que erra;
· Ensinar ao filho, através de Sua Palavra, o caminho que deve trilhar;
· Alimentar com seu alimento sagrado o filho que está agindo errado.

2. Diante do pecado desse filho, o que faz o amor de Deus?
· Não o destroi, mas o entrega a Jesus para que, através da morte de cruz, possa fazer a expiação dos pecados.

3. Por que a Cruz é o melhor simbolo escolhido por Deus para satisfazer a tudo e a todos?
· Porque ela representa o amor de Deus pelos perdidos.

DEUS – É SANTO DEMAIS

Agora, que já examinamos, o homem como pecador e a seriedade do seu pecado, vamos para a segunda parte do nosso estudo:

II – DEUS – É SANTO DEMAIS

A santidade de Deus é o fundamento da religião bíblica. É preciso que se entenda que os olhos de Deus são puros demais para contemplar o mal, por isso, Ele não pode tolerar o erro.

Portanto, os nossos pecados eficazmente nos separam de Deus, de modo que seu rosto está escondido de nós.
Ver Habacuque 1:13 - Tu que és tão puro de olhos que não podes ver o mal, e que não podes contemplar a perversidade, por que olhas pára os que procedem aleivosamente, e te calas enquanto o ímpio devora aquele que e mais justo do que ele.
Isaias 59:2- mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça

Em conseqüência de tudo isso, os autores bíblicos entendiam claramente que ser humano algum jamais poderia ver a Deus e sobreviver.

Pode ser que lhe fosse permitido ver as suas costas, mas, não o seu rosto. E todos aqueles que receberam um vislumbre da glória divina não conseguiram suportar a visão:
· A Bíblia diz que Moisés escondeu o seu rosto porque teve medo de olhar para Deus...
· Quando Isaías teve a sua visão de Yavé entronizado e exaltado, foi vencido pelo senso de sua impureza...
· Quando Deus se revelou pessoalmente a Jó a reação de Jó foi desprezar a si mesmo e arrepender-se na cinza e no pó...
· Ezequiel... Daniel... e até quando Jesus manifestava a sua glória na terra, seus discípulos se sentiam incomodados.

E intimamente relacionada com a santidade de Deus está a sua ira.

A pergunta é:

É possível que Deus, santo com é, venha a irar-se?

Vejamos Romanos 1:18 - Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça.

Quais são as atitudes imorais dos homens que desagrada a Deus?
Vejamos Romanos 1:22-32 - Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos,
· 23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
· 24 Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si;
· 25 pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém.
· 26 Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza;
· 27 semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro.
· 28 E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm;
· 29 estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade;
· 30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais;
· 31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia;
· 32 os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam.

No versículo 24, está implícito toda ira de Deus. Implícitamente, o texto diz que Deus entregou os homens a paixões infames.

Escrevendo aos Romanos, Paulo explica esse fato conforme Rm 1:19-22 Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;
21 porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22 Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos...

Continuando, Paulo diz que o homem é indesculpável por isso.

Agora, qual a solução para um homem que, através de sua atitude, ofende a um tão grande Deus?


· Será que com nossos próprios recursos podemos fazer um acerto de contas com Deus?

· Será que fazer boas obras é suficiente para apagar os nossos pecados diante da santidade de Deus?

· Então, se Deus é santo demais e o homem pecador demais, quem poderá satisfazê-lo?

O próprio Deus, na Pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Por isso, a Cruz é fundamental para que Deus nos perdoe.

A morte de Jesus na Cruz, foi a única maneira de Deus ter a Sua justiça satisfeita.

O HOMEM – É PECADOR DEMAIS

No texto anterior, nós vimos que o grito de desamparo de Jesus na Cruz, revela a gravidade do nosso pecado...
Vimos ainda, que foi necessário que Jesus morresse na Cruz para que os nossos pecados fossem perdoados...E esse fato tem confundido muita gente...Por que?
Raciocinemos:
· Você já foi ofendido por alguém?
· E você, já ofendeu alguém e lhe pediram o perdão necessário?
· Como foi essa experiência?
Com toda certeza, você vai dizer que não foi fácil, mas, não foi impossível perdoar alguém e muitas vezes nem exige tanto sacrifício...
Agora, para que os nossos pecados fossem perdoados por Deus, Jesus teve que morrer na Cruz. Por que? Por que Deus não nos perdoa simplesmente, sem a necessidade da Cruz? E o fato do perdão vir da cruz tem sido o mais profundo dos problemas. Na Cruz, há uma colisão entre a perfeição divina e a rebeldia humana.Por isso vamos tentar entender tudo isso analisando dois fatos:
I - O HOMEM – É PECADOR DEMAIS
O que é pecar?
Acredito que todos conhecem a figura abaixo:
A marca do “Tiro ao Alvo”.
Vamos dizer que este quadro simboliza a vontade de Deus...E o alvo de todo cristão deve ser acertar o centro da vontade de Deus. Quando a pessoa não acerta o alvo, o que é que acontece?
A pessoa peca!
Pecar portanto, é errar o alvo...
Há cinco palavras no grego para descrever a palavra “pecar”.
· Pecar é errar o alvo (hamartia); Hamartia, descreve o ato de pecar como um fracasso por não alcançar os seus objetivos...
· Pecar é cometer iniqüidade (adikia); Adikia é iniqüidade...
· Pecar é ser degenerado (poneria); Poneria é um mal do tipo vicioso ou degenerado...
· Pecar é ir além do limite (parabasis); Parabasis é transgressão... é o ir além de um limite conhecido...
· Pecar é faltar com a lei (anomia); Anomia é desrespeito, violação de uma lei conhecida...
Cada um desses casos, subtende um critério objetivo, um padrão a que falhamos em atingir uma linha que deliberadamente cruzamos. Concluímos, então, que “pecar” é errar.
E “pecado”? O que é pecado?
1. Pecado é a quebra da lei de Deus e do nosso próprio ser...Em Romanos 2: 15, Paulo diz: Pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os.
É a lei moral de Deus que expressa seu caráter justo. Deus nos criou a sua imagem e semelhança e ao fazê-lo escreveu os requisito de sua lei em nossos corações.
2. Pecado é a tentativa de ser independente de Deus...Há uma correspondência vital entre a lei de Deus e nós... E pecar é transgredir a lei.
Em sua primeira carta, capítulo 3:4, o apóstolo diz que todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia.
3. Pecado é uma hostilidade contra Deus...Ver Rm 8:7 - Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia.O pecado não é um lapso lamentável de padrões convencionais; a sua essência é a hostilidade para com Deus.Quando realmente entendemos o conceito de que “Pecado é uma hostilidade contra Deus”, é que vamos entender o Rei Davi, ao escrever o Salmo 51.
Vejamos Salmos 51:4a - Contra ti, contra ti somente, pequei, e fiz o que é mau diante dos teus olhos...
Ao cometer adultério com Bate Seba, e ao arranjar para que Urias, o marido dela, fosse morto na batalha, Davi havia cometido ofensas extremamente sérias contra eles, contra Deus e contra a nação de Israel. Davi se tornara réu da quebra de pelo menos cinco dos mandamentos morais da lei de Deus. Ver Êxodo 20:13-17
13Não matarás.
14 Não adulterarás.
15 Não furtarás.
16 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
17 Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
Os pecados de Davi eram ainda mais graves, porque ele era pastor do povo de Deus – Ver 2 Samuel 5:2 - Além disso, outrora, quando Saul ainda reinava sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o Senhor te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel, e tu serás chefe sobre Israel.
Davi era ainda responsável pela administração da justiça e da retidão em Israel – ver 2 Samuel 8:15 - Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel, e administrava a justiça e a eqüidade a todo o seu povo.
É preciso ter muito cuidado com o pecado... Sabe porque?
O pecado cega. Foi o que aconteceu com Davi... Davi era um homem bom e justo. Era tão bom que a Bíblia o descreve como um homem segundo o coração de Deus. No entanto, ele foi capaz de um ato tão assombroso. Pela sua justiça e equidade para com seu povo é que o profeta Natã contou-lhe a história registrada em 2 Samuel 12:1-4 – Vejamos:
- 1 O Senhor, pois, enviou Natã a Davi. E, entrando ele a ter com Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre.2O rico tinha rebanhos e manadas em grande número; 3 mas o pobre não tinha coisa alguma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara; ela crescera em companhia dele e de seus filhos; do seu bocado comia, do seu copo bebia, e dormia em seu regaço; e ele a tinha como filha.4 Chegou um viajante à casa do rico; e este, não querendo tomar das suas ovelhas e do seu gado para guisar para o viajante que viera a ele, tomou a cordeira do pobre e a preparou para o seu hóspede.
E quem sabe, inconsciente do seu pecado, vejamos agora a resposta de Davi – 2 Samuel 12:5-6 - Então a ira de Davi se acendeu em grande maneira contra aquele homem; e disse a Natã: Vive o Senhor, que digno de morte é o homem que fez isso.6 Pela cordeira restituirá o quádruplo, porque fez tal coisa, e não teve compaixão.
O profeta Natã, então lhe revela, ter sido ele o homem e lhe declara que ao cometer adultério, homicídio e dolo, ele, Davi, era culpado de desprezar “a palavra do Senhor e de desprezar o próprio Deus - Vejamos 2 Samuel 12:7-13 - Então disse Natã a Davi: Esse homem és tu! Assim diz o Senhor Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel, livrei-te da mão de Saul, 8 e te dei a casa de teu senhor, e as mulheres de teu senhor em teu seio; também te dei a casa de Israel e de Judá. E se isso fosse pouco, te acrescentaria outro tanto. 9 Por que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, mataste à espada, e a sua mulher tomaste para ser tua mulher; sim, a ele mataste com a espada dos amonitas. 10 Agora, pois, a espada jamais se apartará da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher.1 Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres à luz deste sol. 12 Pois tu o fizeste em oculto; mas eu farei este negócio perante todo o Israel e à luz do sol. 13 Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor.
A Bíblia nos ensina que Davi, reconheceu que havia quebrado as lei de Deus e por isso era contra Deus que Ele havia pecado.
Hoje, as pessoas tentam tirar a palavra “pecado” do vocabulário comum. A Bíblia, no entanto, não cede sua definição de pecado.Todo homem é pecador e está em rebeldia com Deus – (Rm. 3:23)
Vejamos Marcos 7:21-23 - Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios,22 a cobiça, as maldades, o dolo, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez;23 todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam o homem.
A Bíblia nos ensina que o pecador é escravo do pecado – Ver João 8:34 - Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.Mas, somente o Espírito Santo pode convencer o homem da gravidade do seu pecado Ver João 16:7-8 - Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei.8 E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.

sábado, 15 de agosto de 2009

O GRITO DE DESAMPARO NA CRUZ

VEJAMOS AGORA O QUE A IGREJA PRIMITIVA VIU NO FINAL DA HISTÓRIA:

Condenado a morte, Jesus foi crucificado - Conforme Isaías havia profetizado, 53:7, “como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha, muda perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a boca”. Carregando sua própria cruz, Ele caminhou pela “via dolorosa”; Saiu da cidade e foi até Gólgota (“o lugar da caveira”); Ali, segundo Lucas, que se recusa a descrever sua nudez... o crucificaram. Jesus, no entanto, foi desnudado publicamente, conforme as evidencias do texto de Lucas 23:33-37. O versículo 34, diz que eles repartiam entre si as vestes de Jesus, o que significa dizer que ele estava nu...Continuando, o texto diz que “o povo estava ali a olhar”... Os dirigentes, escarneciam dEle, dizendo: Salva a ti mesmo... Mas, Jesus veio a mundo para sacrificar-se a fim de salvar o mundo. Ele não veio para salvar a si mesmo e sim, salvar o mundo.

Douglas Webster escreveu que : “No nascimento do Filho de Deus, houve luz à meia noite; na morte do Filho de Deus houve trevas ao meio dia”.

Parece que a escuridão durou três horas. Pois foi a hora terceira (9:00 da manhã) que Jesus foi crucificado, e a hora sexta (meio – dia) que a escuridão cobriu a terra, e à hora nona (3:00 da tarde) que, emergindo das trevas, Jesus clamou em alta voz e em aramaico; "Eloi, Eloi, lama sabactâni?”, que significa: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

Antes de analisarmos A IMPORTANCIA DESSAS PALAVRAS NA BOCA DE JESUS, eu gostaria de abrir um parentese para fazer uma observação:Dizem que a catora gospel, Shirley Carvalhaes, começo a fazer sucesso, a partir do momento em que ela entrou no mercado evangélico com uma música que tem como tema - A ÁRVORE DA CRUZ. Nessa música, ela questiona exatamente, o fato da terra ter tremido e da escuridão que cobriu a terra, por ocasião da morte do filho de Deus, enquanto os homens, seres conscientes e inteligentes, não foram capazes de emitir reação nenhuma. Logo abaixo desse texto, postarei esta música para que todos os que se dispuserem a visitar este cantinho, possa refletir sobre o ocorrido em toda a sua profundidade.


Mas,voltando ao "grito de desamparo de Jesus", qual era a importancia dessas palavras em Sua boca?

Ainda hoje muitos entendem de forma errada essas palavras de Jesus.

Quatro explicações têm sido oferecida:

1. Que foi um grito de raiva, descrença ou desespero;
2. Foi um grito de solidão
3. Um grito de vitória – Jesus cita o v.1 do Sl. 22
4. Um grito genuíno de abandono

Sinceramente, eu não sei. Rm 11:33-34 diz assim: Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? Ou quem se fez seu conselheiro?

A única coisa que eu entendo é que: Deliberadamente, livre e perfeitamente em amor, Jesus suportou o juízo de Deus em nosso lugar.

Eu entendo ainda, que a Cruz reforça três verdades acerca de nós mesmos:

1. Que o nosso pecado deve ser extremamente horrível... Que a Cruz revela a gravidade do meu pecado.

2. Que a maravilha do amor de Deus não tem limite e vai além da nossa compreensão – por que, Ele podia muito bem ter nos deixado sozinhos para colhermos os frutos dos nossos erros...

É preciso ter um coração duro como uma pedra para não se comover face a um amor como o de Deus. Aliás, é mais do que amor. Seu nome correto é “GRAÇA”, que é o amor aos que não merecem. Portanto, A Cruz de Cristo, revela que o Amor de Deus não tem limites!

3. Que A SALVAÇÃO É UM DOM GRATUITO

Jesus comprou a nossa salvação por um preço muito alto. De modo que não temos mais nada a pagar. Quando Ele disse “está consumado”! Acabou, não temos mais nada a pagar.

É preciso, no entanto, ter responsabilidade! Muitos acham que podem pecar deliberadamente, por que os pecados já foram pagos... Não, não, não, e não... A Cruz de Cristo não nos deixa livres para pecar... Ao contrário, A cruz de Cristo é um incentivo poderoso para uma vida santa, apesar dela nos dá a certeza de que “A salvação é gratuita!"


A AGONIA DE JESUS NO JARDIM DE GETSÊMANI

A SEGUNDA CENA QUE VAMOS EXAMINAR ANTES DA CONDENAÇÃO DE JESUS É SUA AGONIA NO JARDIM DE GETSÊMANI.

Imaginemos que a ceia terminou e Jesus dá instruções aos apóstolos:
- Ele pede que “permaneçam nEle, assim como os ramos permanecem na videira;

- Ele os adverte da oposição do mundo e os encoraja a testemunhar dEle, lembrando-os que o Espírito da verdade seria a testemunha principal;

- Ele ora, primeiro por si para que o Seu Pai fosse glorificado no suplício que se seguiria e, depois, pelos discípulos, para que se mantivessem na verdade, santidade, missão e unidade. Depois ora pelos que faziam parte de gerações posteriores e que creriam nele através da mensagem dos apóstolos.

A bíblia não diz, mas, é provável que depois cantaram um hino e juntos tenham deixado o cenáculo.

Vamos imaginar agora, que andaram pelas ruas da cidade no silêncio da noite... Atravessaram o vale de Cedrom, começaram a subir o monte das Oliveiras e entraram num jardim de oliveiras, com o nome “Getsêmani” (prensa de azeite).

Aquele, evidentemente, era um dos retiros favoritos de Jesus, porque João comenta que “Ele, ali estivera muitas vezes com seus discípulos”(Jo. 18:2). E ali acontece algo que nós o chamamos de “a agonia do jardim” e que revela o enorme preço da Cruz de Cristo.
Deixando a maioria dos apóstolos para trás, Jesus chama aqueles com quem Ele mais se identificava: Pedro, Tiago e João – Lhes diz que se sente “profundamente triste até a morte”, e pede-lhes que vigiem com Ele.

Então se adianta um pouco, prostra-se com o rosto em terra e ora dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres (Mateus 26:36-39).

Voltando aos apóstolos, encontra-os dormindo e os repreende... Saindo pela segunda vez, Ele ora: Pai meu, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade(Mt. 26:42). Novamente encontra os discípulos dormindo... Deixa-os mais uma vez e ora, pela terceira vez dizendo as mesmas palavras. Depois desse terceiro período de oração, Ele volta e os encontra dormindo novamente, pois eles não conseguiam penetrar o inconcebível mistério do seu sofrimento. Aquele era um caminho que Jesus teria de palmilhar sozinho!

A certa altura, Lucas diz que Ele estava “em agonia” e orava mais intensamente de modo que “o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” ( Lc.22:44). Nessa oração que Jesus fazia neste momento de agonia, Ele se referia a um cálice que Ele haveria de beber...

Que cálice é esse ?

Segundo Dr. Stott, o cálice não simbolizava nem a dor física de ser açoitado e crucificado, nem a aflição mental de ser desprezado pelo seu povo... E, sim a agonia espiritual de levar os pecados do mundo... De suportar o juízo divino que esses pecados mereciam. Ou seja, “o cálice era o símbolo da ira de Deus”.

O AT. Confirma de modo vigoroso que esta compreensão do Dr. Stott, está correta porque tanto nos livros de sabedoria como nos profetas, o cálice do Senhor era o símbolo regular da ira de Deus. (Jó. 21:20). Esse texto diz que o ímpio bebia do “furor do Todo Poderoso”. Mediante Ezequiel, Yavé adverte a Jerusalém de que ela em breve teria o mesmo destino que Samaria, que fora destruída (Ezequiel 23:32-34). Não muito tempo depois, essa profecia de juízo aconteceu e então os profetas começaram a incentivar o povo com promessas de restauração.

A figura do cálice da cólera de Deus tem aparecido em todo VT e NT. (Is.51:17-22; Salmos 75:8; Je.25:15; Habacuque 2:16; Ap.14:10; 16:1; e 18:6).

Portanto, o cálice era o símbolo da ira de Deus que por amor de nós, Jesus bebeu.

A ÚLTIMA CEIA

Podemos imaginar Jesus passando sua última noite na terra em reclusão tranqüila com seus apóstolos. O lugar era descrito como “um cenáculo grande, mobiliado e preparado”. O cenáculo era uma sala usada no tempo de Jesus como um lugar preparado para refeições. É o que chamamos hoje de sala de jantar.

Imaginemos, portanto, Jesus junto de uma mesa baixa, reclinado sobre almofadas, no chão. Evidentemente, não havia criados que os servissem, de modo que ninguém lhes lavou os pés antes da refeição. Nem os apóstolos foram humildes o suficiente para fazer. Quem sabe... Jesus, então, veste um avental de escravos, despeja água numa bacia e lava os pés dos apóstolos, realizando o que nenhum deles estivera disposto a fazer... A seguir, Ele profere palavras tremendas e reveladoras sobre: “o amor em servir uns aos outros”, “sobre sua iminente partida” e “da vinda de um consolador que tomaria o seu lugar...” E ainda os adverte de que um membro do grupo iria traí-lo...

DE REPENTE ELES OBSERVAM ENCANTADOS, QUE ELE PEGA UM PÃO, QUEBRA EM PEDAÇOS E DISTRIBUE ENTRE ELES DIZENDO: “Este é o meu corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim”.

Da mesma forma, terminada a ceia, Ele tomou um cálice de vinho, deu graças, entregou-o aos discípulos e disse: Este é o cálice da nova aliança que é derramado por muitos pelo perdão dos pecados; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de mim”.

É uma pena estarmos tão familiarizados com estas palavras que muitas vezes não sentimos o impacto que elas causam, quando através do pão e do vinho e pelo que Jesus disse a respeito desses elementos, Ele estava nos ensinando que:
  1. O pão e o vinho distribuídos aos discípulos deveriam simbolizar para sempre a Sua morte. Ou seja, Todo aquele ato, visava “A centralidade da Cruz”. Era por sua morte que Ele deveria ser lembrado. “Fazei isto em memória de mim”, Ele disse.

    O que deviam Eles fazer? Deviam copiar o que Ele tinha feito... Tanto os seus atos como suas palavras... Isto é, tomar, quebrar ou partir o pão, abençoar, identificar e partilhar o pão e o vinho.

    As palavras proferidas por Ele, tinham uma explicação: Acerca do pão ele disse: “Este é o meu corpo que é dado por vós” e do vinho: “Este é o meu sangue que é derramado por vós”. O pão não representava seu corpo vivo, enquanto ele se reclinava com eles à mesa...
    O Pão representava Seu corpo que seria dado por eles na morte.

    Da mesma forma, o vinho não representava o sangue que corria em Suas veias enquanto lhes falava e sim o sangue que seria derramado por eles na Cruz...

    A evidência é clara e irrefutável: “A ceia do Senhor, que foi instituída por Jesus, e que é o único ato comemorativo autorizado por Ele, não representa nem seu nascimento... Nem sua vida... Nem seu ensino... Nem suas obras... Mas, somente sua morte”. Portanto, Se a Cruz não for o centro da nossa religião... A nossa religião não é Jesus.
  2. Outra lição que aprendemos de tudo isso é que Jesus ensinava aos seus apóstolos que sua morte tinha um propósito. Não somente Mateus que foi testemunha desse momento, mas o próprio Paulo testifica acerca do cálice que as palavras de Jesus referia-se tanto ao seu sangue, como à nova aliança associada com o seu sangue. Mateus acrescenta que “o sangue de Cristo deveria ser derramado pelo perdão dos pecados”(Mt.26:28). Nesse texto nós temos a afirmação verdadeira de que por intermédio do derramamento do sangue de Jesus, na morte, Deus estava tomando a iniciativa de estabelecer um novo pacto ou “aliança” com o seu povo, na qual uma das maiores promessas seria o perdão dos pecados.

    Que quis Jesus dizer, então? Muitos séculos antes, Deus havia feito uma aliança com Abraão, prometendo alcançá-lo com uma boa terra e uma posteridade abundante. Deus renovou essa aliança no monte Sinai, depois de tirar a Israel (descendentes de Abraão) do Egito. Ele prometeu ser o seu Deus e fazê-los seu povo. Essa aliança ainda foi ratificada com o sangue do sacrifício (Ex. 24:8). Passaram-se centenas de anos, durante os quais o povo se esqueceu de Deus, quebro a sua aliança e provocou o seu juízo, até que um dia no sétimo século a.C. a palavra do Senhor veio sobre Jeremias(Je.31:31-34). Passaram-se mais seis séculos, anos de espera paciente e expectativa crescente... Até que numa noite... Num cenáculo de Jerusalém, um jovem camponês galileu... Carpinteiro de profissão e pregador por vocação, ousou dizer: “Esta nova aliança, profetizada por Jeremias, está prestes a ser estabelecida; o perdão de pecados prometido como uma das bênçãos distintivas está prestes a ficar disponível; e o sacrifício para selar esta aliança e assegurar este perdão será o derramamento do meu sangue na morte”. Aqui está a visão que Jesus tinha de sua morte...E esta deve ser a nossa certeza. Jesus morreu para expiar os nossos pecados.
  3. Finalmente, Jesus ensinava “A necessidade de nos apropriarmos pessoalmente de sua morte”. Assim como os discípulos deveriam comer o pão e beber o vinho, era necessário que eles participassem pessoalmente dos benefícios de sua morte. O comer e o beber eram, como ainda o são, uma parábola viva de como recebermos a Cristo como nosso salvador crucificado, e nos alimentarmos dEle, pela fé, em nossos corações. A ceia do Senhor instituída por Jesus não tinha o propósito de ser um “não-me-esqueça” piegas, mas. Antes, um culto rico de significação espiritual. Amém?

CONSIDERAÇÕES NECESSÁRIAS

Vimos no texto anterior, que Jesus sem pecado e não tendo necessidade de morrer, sofreu a nossa morte, a morte que os nossos pecados mereciam... De maneira que Ele se entregou e foi levado a morte e morte de Cruz por amor.


Mas, para que possamos entender a moralidade e a eficácia da morte de Jesus na cruz, é preciso certas considerações, no que se refere a um exame minuncioso sobre o que aconteceu nas suas ultimas 24 horas de vida, porque, com toda certeza, assim também fizeram seus discípulos.


Humanamente falando, na noite de quinta feira, Jesus tinha visto o sol se por pela última vez...Ele sabia que dentro de vinte e quatro horas, estaria morto e enterrado... No entanto, o extraordinário, é que Ele estava pensando a respeito de sua missão como ainda no futuro e não mais no passado.

Ele era jovem... Entre trinta e trinta e cinco anos...Nem bem tinha vivido metade da vida humana...Estava no auge de sua vida e dos seus poderes...Na idade dele a maioria das pessoas tem seus melhores anos pela frente...Maomé viveu até os 60; Sócrates, até os 70; Platão e Buda tinham mais ou menos 80 anos quando morreram...

Jesus, não... Mesmo assim, Ele não considerava a morte que estava prestes a sofrer como o fim último de sua missão, mas como necessária a sua realização... Por isso, necessário se faz toda uma retrospectiva do que aconteceu na noite da quinta feira, chamada “santa”.

FÉ SOBRENATURAL

No texto anterior, nós vimos que a morte de Jesus na Cruz se deu simultaneamente pela maldade dos homens, pelo Plano de Deus e vontade do próprio Jesus.

Mas, Por quê?
Com toda certeza, esta também foi a pergunta da igreja primitiva...O que havia, acerca da crucificação de Jesus, que, apesar do seu horror, vergonha e dor, a fazia tão importante ao ponto de Deus planejar de antemão de Cristo vir ao mundo para suportá-la?

Vamos tentar responder a essa pergunta em três estágios... Passo a passo, ir penetrando mais profundamente no mistério.


A Cruz é um mistério... E é preciso fé. Não uma fé natural. Mas, uma fé acima do natural... Uma fé sobrenatural.

A fé natural é aquela que você vê, para crer. A fé sobrenatural, você crê primeiro, para depois ver. Portanto, somente mediante a fé sobrenatural podemos entender os mistérios da Cruz de Cristo.

Somente pela fé, podemos crer que:

1. Jesus morreu por nós - A sua morte foi altruísta, ou seja, por amor a nós e isso nos beneficiou.

Ele a empreendeu por nossa causa e não pela sua... Ele acreditava que através dela nos garantia um bem que não poderia ser garantido de outro modo. O bom Pastor deu a Sua vida pelas ovelhas(Jo.10:14-15).

2. Jesus morreu para nos conduzir a Deus – O foco do propósito de sua morte é nos reconciliar com Deus. Pela sua morte, Ele nos conferiu a grande bênção da salvação(I Pe.3:18 ).

3. Jesus nos amou, morreu pelos nossos pecados, embora nunca tenha pecado.

Os nossos pecados eram o obstáculo, que nos impedia de receber o dom que Ele desejava nos dar...De modo que eles tinham que ser removidos antes que a salvação nos fosse outorgada, e Ele os levou na sua morte(Hb.4:15; I Co. 15:3; Ap.1:5-6).

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

VIA DOLOROSA

Vimos no texto anterior, segundo os evangelhos, qual era a reação da casta religiosa sobre a pessoa de Jesus, antes da sua crucificação. Na realidade, Jesus não era nada daquilo que os judaizantes... Os gregos ou romanos diziam dele... Mas, o fato é que decidiram acabar com Ele.
· No tribunal judaico apresentou-se uma acusação teológica contra Ele – Blasfêmia – Os judeus não admitiam o fato de Jesus ter declarado ser “Deus” – O judaísmo pregava o Monoteísmo (Dt.6:4).
· No tribunal romano a acusação era política, sedição(motim, revolta).
Mas quer seu delito tenha sido visto como contra Deus ou contra César, o resultado foi o mesmo. Jesus foi considerado uma ameaça à Lei e à ordem e morreu como um criminoso, mas, na realidade, como vítima de mentes medíocres e como mártir de sua própria grandeza.
DE MODO QUE O LIQUIDARAM.
· Quem foi, portanto, responsável pela execução de Jesus?
· Quem são os suspeitos?
· Será que a morte de Jesus poderia ter sido diferente?
· E nós, até que ponto estamos envolvidos na sua morte?
Vamos analisar, então?
Um dos aspectos fascinantes que os escritores dos Evangelhos fazem do julgamento de Jesus é que tanto no tribunal judaico como no tribunal romano seguiu-se certo procedimento legal:
·A vítima foi presa, acusada e examinada e chamaram-se testemunhas. Então o juiz deu seu veredicto e pronunciou sua sentença.
·Os evangelistas também esclarecem que o preso não era culpado das acusações, que as testemunhas eram falsas, e que a sentença de morte foi um horrendo erro judicial.
O motivo desse erro, porém, foi a presença de fatores pessoais e morais que influenciaram a execução da lei. Quais?
· Caifás, sumo sacerdote judaico e,
· Pilatos, governador romano, não eram oficiais da igreja e do estado, no cumprimento e execução dos deveres oficiais...
Eles eram seres humanos decaídos e falíveis, levados pelas paixões sombrias que governam a todos nós.
A pergunta continua... Quem foi responsável pela execução de Jesus?
Durante o nosso estudo, nós vamos tentar responder. Vamos seguir o exemplo dos apóstolos... Vamos tentar ver tudo à Luz da Bíblia e da história.
QUEM FOI O CULPADO?
Soldados?
Pilatos?
Sacerdotes?
Judas?
POR QUE JESUS MORREU?
Vamos começar pelos SOLDADOS ROMANOS- Culpados ou Inocentes?
Os evangelistas dizem que os soldados romanos executaram a sentença. Todavia nenhum dos quatro descreveu o processo de crucificação. De modo que se tivéssemos de depender exclusivamente dos evangelhos, não saberíamos o que de fato aconteceu. Precisamos então, recorrer aos fatos históricos, onde documentos contemporâneo, nos dizem como era feito a crucificação.
· Após a condenação, o prisioneiro era despido e humilhado publicamente.
· Era costume chicotear a vítima com o flagellum (Chicote de línguas de couro com pequenos pedaços de metal ou de osso)
· No caso de Jesus, Pilatos talvez tenha ordenado que isso fosse feito em primeiro lugar, esperando talvez comover a multidão, conforme João 19:1
· Em seguida, o criminoso, era obrigado a carregar a travessa da cruz conhecida por patibulum até o local de sua tortura e morte, local esse que sempre ficava fora da cidade, enquanto um arauto levava a sua frente o título, isto é, a acusação escrita.
· Após chegar ao local da crucificação, o prisioneiro era forçado a deitar-se de costas no chão, suas mãos eram pregadas ou atadas ao patíbulum ou braço horizontal da cruz.
· A cruz, então, era erguida e jogada num buraco escavado para ela no chão. Em geral providenciava-se um assento rudimentar a fim de receber um pouco do peso do corpo da vítima para que não se rasgasse e caísse. E ali ficava o crucificado, pendurado, exposto a intensa dor física, ao ridículo do povo, ao calor do dia e ao frio da noite. Muitas vezes, esta tortura, durava dias.
Na Judéia, antes das execuções, vinho misturado com mirra, era dado aos condenados por uma associação de mulheres judias obedientes às palavras de Pv. 31:6. E embora a crucificação de Jesus, não tenha sido detalhada pelos evangelistas, há evidencias de que, Jesus recusou qualquer forma de alívio para seus sofrimentos. Sem dúvida para que pudesse preservar clareza mental até o fim ao fazer a vontade do pai. Isso explica o fato de que foi capaz de consolar o ladrão moribundo (Mt.27:34).
As mortes eras apressadas, pelo crurifragium, isto é, a fratura dos ossos das pernas, como aconteceu com os dois ladrões. Mas, com Jesus, isto não aconteceu. Deus não permitiu. Jesus morreu antes de mais esta selvageria. Entretanto, uma lança foi enfiada em seu lado, para tornar certa a sua morte.
Os evangelistas não oferecem nenhum detalhe sobre a crucificação de Jesus... Eles dizem apenas que o crucificaram...Isto é, os soldados romanos, executaram o seu horrendo dever e não há nenhuma evidencia de que eles tenham tido prazer nisso. Eles apenas obedeceram a uma ordem. Fizeram o que tinham que fazer... Lucas, no entanto, nos diz que, Jesus continuava a orar em voz alta: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc.23:34). Os evangelhistas, ao contrário do que se poderia imaginar, parecem sugerir que nenhuma culpa tinham os soldados romanos. (Acrescentam que mais tarde o centurião responsável por eles creu, ou pelo menos creu).
Já com Pilatos, a coisa muda de figura(Jo.19:16). Os evangelistas dizem que Pilatos entregou Jesus para ser crucificado. Pelo menos, o Credo dos apóstolos declara que Jesus foi “crucificado sob Pôncio Pilatos”.
PILATOS – Culpado ou Inocente?
Quem era Pilatos?
Pilatos foi nomeado governador romano da província fronteira da Judéia pelo imperador Tibério e serviu durante dez anos – de 26 a 36 d.C.
· Ele adquiriu fama de hábil administrador e tinha senso de justiça tipicamente romano.
· Os judeus, porém, o odiavam, porque ele os desprezavam. Eles não se esqueciam de seu ato de provocação, no início de seu governo quando exibiu os estandartes romanos na própria cidade de Jerusalém.
Josefo (Flávio Josefo foi um escritor e historiador judeu que viveu entre 37 e 103 d.C, escreveu a obra que se tornaria, depois da Bíblia, a maior fonte de informações sobre os impérios da Antiguidade, o povo judeu e o Império Romano) – E ele descreve que Pilatos desapropriou dinheiro do templo a fim de construir um aqueduto. Muitos acham que foi durante o motim que se seguiu que ele misturou sangue de certos galileus com os seus sacrifícios conforme Lucas 13:1. Estas são algumas amostras do temperamento esquentado de Pilatos.
À medida que as investigações prosseguiam, os evangelistas ressaltaram alguns pontos muito importantes sobre as reações de Pilatos.
Como governador romano, Pilatos quis agradar os judeus, entregando-lhes Jesus(Mc. 15:15).
Pilatos estava convicto da inocência de Jesus (Lc.23:4; João 18:38; Jo. 19:4-5). Pilatos, negou-se inclusive, a atender o pedido da esposa para que não se envolvesse com Jesus(Ver Mt.27:29).
Em alguns momentos, Pilatos agiu de modo a transferir sua responsabilidade para os outros (Lucas 23:5-12).
Pilatos lava as mãos, indicando que não queria se envolver com o problema: Ver Mt.27:24 .Todavia, é bom lembrar que em nenhum momento Pilatos se mostrou disposto a livrar Jesus da morte. Ele preferiu agir covardemente e da maneira, mas conveniente para ele.
Foi muito conveniente para ele entregar Jesus ao povo de forma covarde.
A ESCOLHA ERA ENTRE A HONRA E A AMBIÇÃO, ENTRE O PRINCÍPIO E A CONVENIÊNCIA.
A multidão venceu. Porque? Ver Jo. 19:12 - Daí em diante Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus clamaram: Se soltares a este, não és amigo de César; todo aquele que se faz rei é contra César.
Pilatos já estivera em dificuldades com Tibério César em duas ou três ocasiões e não podia arcar com mais uma.
Claro que Jesus era inocente, mas ele não podia perder o favor imperial e aí ELE FEZ CONCESSÃO POR SER COVARDE(Lc. 23:22-25). O que significa dizer que Pilatos agiu por CONVENIÊNCIA.
E os SACERDOTES? Culpados ou Inocentes?
Em nenhum momento os sacerdotes fizeram qualquer tentativa para livrar Jesus. E, embora não possamos exonerar a Pilatos, certamente podemos reconhecer que ele se encontrou numa situação difícil, e que foram os sacerdotes, os líderes judaicos que o colocaram ali. Porque?
Porque foram eles quem entregaram Jesus a Pilatos para ser julgado. Foram eles quem acusaram Jesus de ensino subversivo e quem atiçaram a multidão para que exigissem que Jesus fosse crucificado. Por isso em João 19:11, está escrito que Jesus disse: “Quem me entregou a ti, maior pecado tem”. (Ora, nós sabemos que não existe pecado maior do que outro. Nesse texto, Jesus estava falando de culpa, ou seja, quem me entregou a você, Pilatos, é muito mais culpado do que você mesmo...)
Se voltarmos para os evangelhos, veremos que desde o início, Jesus, indignou os líderes religiosos do seu tempo.
Jesus, era todo irregular:
Deixa-se chamar de Mestre e eles que se consideravam os Mestres, Jesus os taxava de hipócritas, guias de cego e sepulcros caiados – por fora se mostram belos e por dentro estão cheios de ossos mortos e toda imundícia...
Jesus comia com os publicanos, enquanto eles menosprezavam os publicanos...
Jesus curava aos sábados, enquanto eles eram servos do sábado...
Quando eles questionavam Jesus, Jesus os deixava sem argumentação... (Como foi o caso sobre o divórcio, da mulher adúltera e da pecadora...)
Enquanto Jesus tinha autoridade para curar, expulsar demônios e perdoar pecados, os sacerdotes não tinham este tipo de poder...
E aí os sacerdotes decidiram eliminá-lo!
O nome que se dá a esse tipo de comportamento dos sacerdotes, é simplesmente: INVEJA.
JUDAS –
Culpado ou Inocente?
Tendo visto como os sacerdotes entregaram Jesus a Pilatos e como Pilatos o entregou aos soldados, vamos agora examinar como, para começar Judas entregou Jesus aos sacerdotes.
Essa entrega é especificamente chamada de “traição”.
E a noite da quinta-feira, da semana chamada Santa, será sempre lembrada como a noite em que Jesus foi traído(I Co. 11:23).
Portanto, à semelhança dos sacerdotes, nada existe na atitude de Judas que possa beneficiá-lo ou inocentá-lo em relação à morte de Jesus.
Quer Judas tenha sido vítima da Predestinação ou não, o fato é que entre Jesus e o dinheiro, ele escolheu o dinheiro.
De modo, que o que levou mesmo Judas a trair Jesus, foi o DINHEIRO.
A Pergunta continua: Por que Jesus morreu? Quem é responsável pela morte de Jesus?
1. Judas o entregou aos sacerdotes por causa da ganância... E, o entregou por DINHEIRO.
2. A seguir, os sacerdotes o entregaram a Pilatos, por causa da INVEJA.
3. Enfim, Pilatos o entregou aos soldados por causa da covardia... Por CONVENIÊNCIA.
4. E aí os soldados o CRUCIFICARAM.
Por outro lado, os evangelhos e as evidencias nos mostram que na Cruz:
· Jesus identificou-se com os pecadores;
· Jesus nunca se desviou da cruz;
· Jesus sabia da Sua morte e porque morreria;
· Jesus se entregou pelos pecadores;
· DEUS DEU O SEU FILHO POR AMOR.
Portanto, quem foi então que entregou Jesus para morrer?
Não foi Judas por DINHEIRO
Não foi Pilatos por CONVENIÊNCIA
Não foram os sacerdotes judeus por INVEJA
Deus é que entregou seu filho em sacrifício pelos pecados da humanidade... Pelo meu e pelo seu... Pela INVEJA dos Sacerdotes Judeus, Pela COVARDIA de Pilatos e pela TRAIÇÃO de Judas. Ele... Jesus, aceitou tudo... Por AMOR.
Jesus não foi morto... Jesus morreu, entregando-se voluntariamente para fazer a vontade do Seu Pai que nos amou de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna(João 3:16).
É preciso, no entanto, conservar juntos dois modos de olhar para a Cruz:
No nível humano, Judas entregou Jesus aos sacerdotes, os quais o entregaram a Pilatos, que o entregou aos soldados, os quais o crucificaram. Mas, no nível divino, o Pai – DEUS, o entregou, e Ele se entregou a si mesmo para morrer por nós.
A medida que encaramos a cruz, podemos dizer a nós mesmos:”Eu matei. Foram os meus pecados que enviaram Jesus a Cruz”. E, ainda: “O seu amor o levou a Cruz”.
Vejamos como o apóstolo Pedro une esses dois modos de Olhar a Cruz:
Atos 2:23 - A este, que foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos;
Pedro une as duas verdades da Cruz no dia de Pentescostes, que a morte de Jesus na Cruz se deu simultaneamente pela maldade dos homens e pelo Plano de Deus.
Isto significa dizer o que? Que a Cruz de Cristo tanto representa a expressão da maldade humana, como representa a revelação do propósito divino de vencer a maldade humana.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O CARPINTEIRO PREGADOR

Vimos que somente a luz da Bíblia e da história é que poderemos entender o real sentido da Cruz de Cristo.

Apesar da oposição dos gregos, romanos e judeus, os apóstolos seguiram a orientação da Palavra de Deus e nela eles viram que o Deus revelado na Bíblia era o agente positivo da salvação. Assim como foram as evidencias dos fatos testemunhados por eles próprios que levou o apóstolo Paulo a afirmar com toda convicção que “a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus”(I Coríntios 1:18).

E para que possamos ensinar e olhar a Cruz de Cristo como o poder de Deus e não como vergonha ou maldição, nós vamos iniciar o nosso relato ou a nossa pesquisa, com uma pergunta:

PORQUE JESUS MORREU?

Muitos não vêem problema algum nesta pergunta e nem têm dificuldade em responder.

Por quê? Porque para muitos:
· Jesus não “morreu”, dizem: Ele foi morto... Executado publicamente como um criminoso.
· Achavam que a doutrina que ele pregava era subversiva... Herética.
Quem estudou SEITAS E HERESIAS, viu que SEITAS E HERESIAS, não é um privilégio somente da nossa época. Na época de Jesus, existiam algumas seitas. Fariseus... Saduceus... Todas, sub divisão do Judaísmo. E o Cristianismo, como filho do Judaísmo, também foi considerado uma Seita Herética.
Quando Paulo se converteu ao cristianismo, ele era fariseu...Vejamos Atos 24:5 - "Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e chefe da seita dos nazarenos". Mais adiante, nós vamos encontrá-lo refutando esta afirmação, dizendo: “ Mas, confesso-te que, conforme aquele caminho, a que chamam seita, assim sirvo ao Deus dos nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na Lei de Moisés e nos Profetas”.(Atos 24:14)

Imaginemos, então, a vida de Jesus, antes de Paulo...

Em seu livro “O Jesus que eu nunca conheci”, Philip Yancey diz que foi em meio ao sistema de castas religiosas daquela época que Jesus pareceu e “para desespero dos fariseus, Jesus não tinha escrúpulos quanto à socialização com crianças ou pecadores ou até mesmo samaritanos. Ele tocava, ou deixava-se tocar, pelos “impuros”: os que tinham lepra, os deformados, uma mulher com hemorragia, o lunático e o endemoninhado. Embora as leis levíticas prescrevessem um dia de purificação depois de tocar num doente, Jesus realizava curas em massa, nas quais tocava em dezenas de pessoas enfermas; nunca se preocupou com as regras da contaminação depois do contato com os doentes e até mesmo com os mortos.

Utilizando-se de apenas um exemplo das alterações revolucionárias a que Jesus deu início, pense sobre a atitude de Jesus para com as mulheres. Naquele tempo, em cada culto da sinagoga os homens judeus oravam: “Bendito és tu, ó Senhor, que não me fizeste mulher”. As mulheres assentavam-se à parte, não eram consideradas nos quóruns, e raramente aprendiam a Torá. Na vida social, poucas mulheres podiam conversar com os homens fora do ambiente familiar, e uma mulher não podia tocar em nenhum homem alem do seu esposo. Mas Jesus associava-se livremente com as mulheres e ensinava a algumas como a seus discípulos. Com uma mulher samaritana que tivera cinco maridos, Jesus travou conhecimento para dar início a um reavivamento espiritual (notavelmente, começou a conversa pedindo ajuda a ela). A unção de uma prostituta, ele aceitou com gratidão. As mulheres viajavam com seu bando de discípulos, sem dúvida incitando muitos comentários. Povoaram as parábolas e as ilustrações de Jesus, e ele muitas vezes fez milagres em benefício delas.

De acordo com o biblicista Walter Wink, Jesus transgrediu os hábitos do seu tempo em cada simples encontro com mulheres registrado nos quatro evangelhos. De fato, como Paulo diria mais tarde, em Cristo “não há judeu nem grego, não há servo nem livre, não há macho nem fêmea...”(Gálatas 3:28).

Realmente, para as mulheres e outras pessoas oprimidas, Jesus virou de cabeça para baixo a sabedoria aceita na época. Os fariseus criam que tocar em uma pessoa impura poluía quem a tocava. Mas, quando Jesus tocava numa pessoa com lepra, ele não se contaminava — o leproso se tornava puro. Quando uma mulher imoral lavou os pés de Jesus, ela se afastou perdoada e transformada. Quando ele desafiou os costumes entrando na casa de um pagão, o servo do pagão foi curado. Em palavras e atos Jesus estava proclamando um evangelho radicalmente novo da graça: para tornar pura uma pessoa, não era preciso ir até Jerusalém, oferecer sacrifícios e passar pelos rituais da purificação. Tudo o que uma pessoa tinha a fazer era seguir Jesus. Como Walter Wink destaca: “O contágio da santidade sobrepuja o contágio da impureza”.

Em suma, Jesus transferiu a ênfase da santidade de Deus (excludente) para a misericórdia de Deus (inclusiva). Em vez da mensagem “Os indesejáveis não têm permissão”, proclamou que “No reino de Deus não há indesejáveis”. Para se dar ao trabalho de conhecer os gentios, comer com os pecadores e tocar os doentes, ele ampliou o reino da misericórdia de Deus. Para os líderes judeus, os atos de Jesus prejudicavam a própria existência de seu sistema de castas religiosas — por isso os evangelhos mencionam mais de vinte ocasiões em que eles conspiraram contra Jesus.



A CENTRALIDADE DA CRUZ



Será que a escolha que os cristãos fizeram da Cruz de Cristo como símbolo de sua fé, surpreendeu a muitos?

A escolha que os cristãos fizeram da cruz como símbolo da sua fé é tanto mais que surpreendente, segundo o horror com que era tida a crucificação no mundo antigo.

Segundo a história, os gregos e os romanos se apossaram da crucificação que, aparen­temente, fora inventada pelos "bárbaros" que viviam à margem do mundo conhecido. E era, com toda a probabilidade, o método mais cruel de execução jamais praticado, pois deliberadamente atrasava a morte até que a máxima tortura fosse infligida. Antes de morrer, a vítima podia sofrer durante dias. Ao adotarem a crucificação, os ro­manos a reservaram para assassinos, rebeldes, ladrões, contanto que também fossem escravos, estrangeiros ou pessoas sem posição legal ou social. Os cidadãos romanos, a não ser em casos extremos de traição, estavam isentos de crucificação.

Se os romanos viam com horror a crucificação, imagine os judeus que viviam sob a lei de Moisés (Dt. 21:22-23). Eles, automaticamente aplicavam aos cri­minosos crucificados a terrível declaração da lei de que "o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus".

De forma que, quer de criação romana, quer judaica, ou ambas, os primitivos inimigos do Cristianismo não perdiam a oportunidade de ridicularizar a reivindicação de que a vida do ungido de Deus e Sal­vador dos homens tinha acabado numa cruz. E ainda hoje, em pleno século 21, na era da informática, encontramos pessoas, inclusive cristãs, com ideias preconceituosas em relação a cruz.

Por que os cristãos, então, não escolheram a manjedoura em que o menino Jesus foi colocado, ou o banco de carpinteiro em que ele trabalhou durante sua juventude em Nazaré, dignificando o trabalho manual, ou o barco do qual ele ensinava as multidões na Galiléia, ou a toalha que ele usou ao lavar os pés dos apóstolos, a qual teria falado de seu espírito de humilde serviço?Também havia a pedra que, tendo sido removida da entrada do túmulo de José, teria proclamado a ressur­reição. Outras possibilidades eram o trono, símbolo de soberania di­vina, o qual o apóstolo João, em sua visão, viu que Jesus partilhava, ou a pomba, símbolo do Espírito Santo enviado do céu no dia do Pentecoste. Qual­quer destes símbolos teria sido apropriado para indicar um as­pecto do ministério do Senhor. Mas, pelo contrário, o símbolo escolhido foi uma simples cruz.

O fato de os cristãos, teimosamente, terem se recusado, a descartar a cruz como simbolo do cristianismo, segundo o Dr. Stott, só pode ter uma explicação. Significa que a centralidade da cruz teve origem na mente do próprio Jesus. Foi por lealdade a ele que seus seguidores se apegaram com tanta tenacidade a esse sinal. Eles deseja­vam comemorar, como centro da compreensão que tinham de Jesus, não o seu nascimento nem a sua juventude, nem o seu ensino nem o seu serviço, nem a sua ressurreição nem o seu reino, nem a sua dádiva do Espírito, mas a sua morte e a sua crucificação.

Que evidência há, então, de que a cruz se encontrava no centro da perspectiva do próprio Jesus?
Segundo, Josh Mc Dowell, existem evidências históricas e Bíblicas que exigem um veredito... Portanto, somente à luz da Bíblia e da história, é que nós iremos entender os motivos pelos quais os cristãos se decidiram pela cruz de Cristo com símbolo do cristianismo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

SÍMBOLO DO CRISTIANISMO



Agora que você já tem o seu barco de papel em mãos, acompanhe meu raciocínio...

Digamos que a nossa vida, em determinados momentos, se mostre assim... Como um barco que navega em meio a tempestade, prestes a naufragar...

Até que um dia, em meio às adversidades da vida, chegamos à conclusão de que é preciso dar equilíbrio ao nosso barco, ou seja, a nossa vida...

O que é ou o que era que tinha de tão pesado na nossa vida que nos levava muitas vezes a perder o equilíbrio?

Quem sabe, assim como eu... Você analisou e concluiu que as influências do mundo, a exemplo da ambição, inveja, desemprego, o egoísmo, a impaciência, o desamor, enfim... O Pecado, estava pesando muito de um lado da sua vida ou do seu barco levando você ao fundo do poço...

E aí, resolvemos abrir uma janelinha e jogar tudo fora. (Rasgue um lado do barco)


Continuamos a nossa jornada quando percebemos que do outro lado do barco, existiam mais alguns pecados de estimação... Difíceis de serem jogados fora, como vícios... A exemplo do álcool, do fumo, a prostituição, a infidelidade... Necessário, porém, se faz, exterminá-los de uma vez por todas para que o nosso barco não perca o equilíbrio... (Rasgue o outro lado do barco e jogue tudo fora).

Mesmo assim, percebemos que o barco ainda não consegue se firmar devidamente...

É quando descobrimos que existe no nosso barquinho, um outro extremo que aponta para cima...(Rasgue outra janelinha na parte que aponta para cima). E aí acontece uma coisa tremenda!!!
Sem ter mais o que jogar fora... E agora com o barco todo limpo... JESUS entra pela janelinha que aponta para cima.

Vamos guardar esse ultimo pedacinho de papel que tiramos da parte que aponta para cima, cuidadosamente...

E agora, vamos abrir o nosso barco para ver como ele está após a chegada de Jesus...

Uma camisa! Foi o resultado da nossa Dinâmica.

Está é a sua camisa... A nossa camisa de Cristão!

Somos todos atletas de Cristo, e como bons atletas que somos temos que usar muito, essa camisa para que nosso time sempre vença...

Todo atleta, tem afixado na sua camisa, o símbolo do seu time...
Vascaíno – tem o símbolo do Vasco;
Flamenguista – tem o símbolo do flamengo.

E nós como cristãos, que símbolo iremos colocar na nossa camisa?

Todas as religiões e ideologias têm seu símbolo visual – que exemplifica um aspecto importante de sua história.
Uma cruz negra com uma rosa vermelha no centro – símbolo da Rosa Cruz
A flor de lótus aberta para os budistas;
O judaísmo antigo, com medo de quebrar o segundo mandamento, que proíbe a fabricação de imagens, evitava sinais e símbolos visuais;
O judaísmo moderno, porém, tem como símbolo a estrela de Davi;
A lua crescente para os islamitas.
O cristianismo, não é exceção, quanto a possuir um símbolo visual.
Qual é o símbolo do cristianismo?

“A Cruz de Cristo”

Vamos então desenhar com todo carinho, a Cruz de Cristo na nossa camisa como sinal da nossa salvação...

E o pequeno pedaço de papel que temos guardado vai nos lembrar que Jesus não está mais na Cruz...

Jesus, agora está dentro de cada um de nós... Para nos ajudar... Para nos orientar não permitindo que o nosso barco afunde, amém?



segunda-feira, 3 de agosto de 2009

BARCO DE PAPEL

Antes de darmos início a nossa caminhada para entender quais foram os motivos que levaram a igreja a escolher a Cruz de Cristo como símbolo do cristianismo, nós vamos fazer uma pequena dinâmica.
Para isso, nós vamos precisar ter em mãos um pequeno barco de papel.
Se você não sabe fazer... Siga passo a passo o vídeo abaixo:


A SOMBRA DA MORTE


Holman Hunt, líder da Irmandade Rafaelita, passou os anos de 1870 a 1873 na Terra Santa, onde pintou "A Sombra da Morte" em Jerusalém, no telhado da sua casa.
Em seu livro, “A Cruz de Cristo”, John Stott, teólogo anglicano retrata de forma sucinta o que Holman Hunt quis expressar no seu quadro.
· O quadro retrata o interior da carpintaria de Nazaré, onde Jesus, nu até a cintura, está de pé ao lado de um cavalete de madeira sobre o qual colocou a serra. Seus olhos estão erguidos ao céu, com olhar misto entre a dor e o êxtase. Seus braços também se erguem acima da Sua cabeça.
· O sol da tarde entrando pela porta aberta, lança, na parede atrás dele, uma sombra negra em forma de cruz. Compondo o quadro, na prateleira que se alinha aos braços estão os pregos e o martelo...
· Em primeiro plano, do lado esquerdo da tela, está uma mulher ajoelhada com as mãos postas sobre um baú. Não dá para identificar claramente quem seria esta senhora, mas entende-se que seja Maria. Ela parece sobressaltar-se com a sombra em forma de cruz que seu filho lança na parede, porque ela sabia o que aguardava seu Filho...
· Esta obra revela uma grande verdade: desde Seu nascimento, a Cruz lança uma sombra sobre o futuro de Jesus.

A CRUZ DE CRISTO


Após um longo período refutando e desmascarando as Seitas e Heresias, a igreja me convida para ministrar sobre o mais glorioso e sublime de todos os temas – A Cruz de Cristo.
Fazer apologia a fé cristã, sempre foi o desejo do meu coração e após um exame minucioso sobre o assunto, eu pude compreender por que a mensagem da cruz que Paulo pregava era "loucura" para muitos (1 Coríntios 1:18, 23). Assim sendo, decidi, expor aqui, a cada semana, quais foram as evidências, tanto à luz da Bíblia, como à luz da história, que fizeram com que a igreja primitiva decidisse escolher a CRUZ... IGNOMÍNIA, OU SEJA... VERGONHA, PARA Jesus, como símbolo do cristianismo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

OS EFEITOS DO LEGALISMO

“Para Jeílson, pastor de uma igreja muito ativa e crescente, o dia começou como tantos outros. Ao acordar pela manhã, ajoelhou-se ao pé da cama e orou. Logo à mesa do café, começaram as muitas preocupações: notícias da congregação que rejeitava o novo obreiro; problemas com o pedreiro na construção do templo; finanças apertadas. No pequeno alpendre da casa pastoral, mais de uma dezena de irmãos já aguardava aconselhamento. As necessidades eram as mais diversas: ajuda para internar o filho doente; a nova convertida, proibida de participar dos cultos, queria saber como contornar a antipatia do marido; um ancião precisava resolver a situação da aposentadoria... Jeílson enfrentava com certa naturalidade aquele amontoado de dificuldades; seu dia-a-dia já era assim há anos. Ele só não se preparara para a notícia que receberia ainda naquelas primeiras horas do dia. "Miriam, sua filha mais velha", relatou-lhe sua esposa, "cortou o cabelo".

Tudo, menos aquilo. Aturdido, sem acreditar no que lhe acontecera, Jeílson abandonou seus compromissos, deixou todos os irmãos esperando no alpendre e correu enfurecido pelo corredor até chegar ao quarto que ficava nos fundos da estreita casa pastoral. Miriam - constatou ele - aparara de fato as pontas do cabelo. Desde a infância de sua filha, Jeílson jamais permitira que uma tesoura tocasse nas mechas castanhas que agora, aos 18 anos de Miriam, já alcançavam a cintura. Totalmente descontrolado, Jeílson perguntou rispidamente, mas sem esperar resposta: "O que você quer comigo? Está querendo envergonhar-me, acabar com o meu ministério?".

Movido por uma ira descomedida, desafivelou o cinto, dobrou em duas voltas e bateu em Miriam até que os vergões se desenhassem em suas costas e pernas. Envolvido pela mesma ira com que a surrava, desabafou: "Não vou tolerar uma desviada dentro da minha casa. Enquanto você morar aqui, não vou admitir que corte seu cabelo novamente, você está me ouvindo?". Ainda ruborizado e com o coração acelerado, voltou ao alpendre para tratar dos seus assuntos ministeriais.

Duas horas depois, recebeu a notícia mais devastadora de sua vida: Miriam havia derramado álcool sobre todo o corpo e ateado fogo. Jeílson correu mais uma vez, agora desesperado, e encontrou no mesmo quarto sua filha agonizando com queimaduras profundas. Naquele mesmo dia, à tarde, Miriam morreu no ambulatório de um hospital.

Embora os nomes e alguns detalhes da história sejam fictícios, ela é verdadeira. Aconteceu em alguma cidade do Brasil. Pior, ela se repete, claro que sem os mesmos extremos quase todos os dias em alguma família evangélica brasileira. Retrata exatamente a severidade com que algumas denominações brasileiras encaram o problema dos usos e costumes”.

A narrativa acima é do livro do Pr.Ricardo Gondim, “É Proibido: O que a Bíblia permite e a Igreja proíbe”. Nela, vemos a que ponto o farisaísmo pode arrastar a alma humana. Baseado nesta história, desejo fazer algumas considerações acerca do legalismo.

O que é Legalismo? A palavra "legalismo" não pode ser encontrada na Bíblia. É um termo que os Cristãos evangélicos usam para descrever uma posição doutrinária que enfatiza um sistema de regras e regulamentos para alcançar salvação e crescimento espiritual. Em relação à disposição de alguns, legalismo é o contrário de ser gracioso, por isso até crentes podem ser legalistas. Muitos crentes legalistas de hoje cometem o erro de exigir uma aderência inadequada às suas interpretações bíblicas e até mesmo às suas tradições. Por exemplo, alguns acham que para serem espirituais precisam evitar ver novelas, filmes ou ouvir músicas seculares. A verdade é que evitar essas coisas não garante a espiritualidade de ninguém.

Para evitar cair no erro do legalismo, podemos começar a aplicar as palavras do apóstolo Paulo em Romanos 14:4, " Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar.” ou 14:14 que diz: "Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus" .

Antes de darmos prosseguimento ao nosso pensamento, necessário se faz um conselho de precaução aqui. Enquanto precisamos ser graciosos uns com os outros e tolerantes do desacordo sobre assuntos disputáveis, não podemos aceitar heresia. Somos exortados a batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Judas 3). Se nos lembrarmos dessas diretrizes e então aplicá-las em amor e misericórida, estaremos protegidos contra o legalismo e heresia. "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo" (1 João 4:1-3).

Qual o motivo dessa minha reflexão? Há dias atrás eu postei aqui, um texto sobre o título “O Valor da Amizade”. No final do texto, como forma de dar ênfase as palavras escritas, foi postado também um vídeo com a música “A Lista” do cantor secular Oswaldo Montenegro, o que foi terrivelmente criticado por uma pessoa que se diz “crente”, nos levando a crer ser tal pessoa totalmente legalista.

E aqui, mais uma vez eu faço minhas as palavras do Pr. Ricardo Gondim: “Quando alguém declara que não ouve `música do mundo´, está afirmando que não reconhece nenhuma pessoa, a não ser os convertidos, com a capacidade de produzir um texto, uma música ou qualquer expressão artística louvável. Essa posição é no mínimo incoerente. Pois essa mesma pessoa lê jornais, revistas, ouve o noticiário e, na escola estuda através de livros escritos por pessoas não cristãs... A própria Bíblia fala de um livro de adágios populares – Povérbios, e nós o reputamos por sagrado”.

E por falar em adágio popular, lembrei-me agora de um velho amigo, empreiteiro na antiga SAELPA, onde eu trabalhei. Esse velho amigo, ensinou-me um adágio que nunca vou esquecer e que diz o seguinte: "O maior prazer de um homem inteligente, é se fazer de idiota, diante de um idiota que se diz inteligente."

Amigos (as)! O Legalismo engana. Muitos pensam que pelo fato de se vestirem de modo diferente ou de se reservarem a ouvir uma música ou assistir um programa de televisão, já compraram a salvação! O que eles não percebem é que ao atuar assim, eles estão se auto-enganando. Ora, se a salvação é de graça e por meio da fé, então toda tentativa de propiciar a Deus no tocante a salvação é heresia e engano. É claro que o cristão deve procurar se vestir adequadamente, pois a santidade inclui sim nosso corpo, mas pensar que o fato de usar saia comprida ou não cortar o cabelo ou não ouvir músicas secular ou não ver TV, lhe faz mas santo que o seu irmão, é burrice. Santidade não é um conjunto de praxes exteriores: é uma vida com Cristo, refletindo ao mundo o seu caráter.

O Legalismo cega. Veja, o caso do pai da moça, supra citado. Ao receber a notícia de que sua filha tinha cortado o cabelo, foi cegado por seu ódio xiita contra tudo aquilo que ele considerava mundanismo. Assim, armando-se de um falso zelo cristão, e ignorando totalmente o mandamento do amor, espancou gravemente a filha. Uma das maiores características do legalista é a ausência de misericórdia no seu coração. Observe o caso da mulher apanhada em adúltério, por exemplo: a turba enfurecida, além de expor a adúltera ao rídículo, arrastando-a pelas ruas da cidade, ainda queriam apedrejá-la até a morte.

Tenho certeza que Jeílson, ao espancar sua filha, pensava que estava fazendo o correto e que era respaldado pela bíblia. Ele era um homem "da bíblia", e podia citar uma série de versículos em cadeia temática para justificar sua atitude, mas era incapaz de amar, compreender e simplesmente perdoar (ainda que, para fins práticos, sua filha não havia cometido nenhum pecado).

O Legalismo mata. Foi ele quem matou a jovem de 18 anos. Não quero entrar na questão do suicídio, e da salvação ou condenação da menina. Deixo isso aos meus amigos fariseus, que são verdadeiros experts em teologia, principalmente no tocante a condenação de todos aqueles que não rezam segundo a sua cartilha de usos e costumes estereotipados. O fato é que, no caso narrado, foi o legalismo quem desencadeou a série de eventos que deu origem a morte da jovem. Este é o caminho inevitável do legalismo: ele conduz a morte. Morre o pregador legalista, em seu equivocado senso de auto-justiça, com uma falsa idéia acerca de si mesmo. Morrem também os seus ouvintes, que acabam comprando essa falsa idéia acerca de Deus, sendo levados em multidão a crer no Deus errado.

Quantos jovens que, semelhantes à moça do texto, foram gravemente feridos na alma por causa de pregações legalistas, do tipo toma-lá-da-cá, nas quais a salvação é obtida mediante o esforço do crente, sendo obrigados a vestir-se como o talibã, tendo seus gostos, sua autonomia, personalidade e vontade claramente violadas, tudo por causa do achismo de pastores que se acham infalíves, que se crêem a última bolacha do pacote e a boca de Deus na terra? Há toda uma geração de desviados das igrejas por causa destas coisas. Hoje estão apartados de Cristo, perdidos no mundo, enfim, mortos! E foi a igreja (instituição) que os matou. A arma do crime? Farisaísmo!

Meus amados amigos (as), em especial os irmãos em Cristo, não estou aqui como dona absoluta da verdade. Sei que erro muitas vezes, e em muitas coisas, e não peço subserviência a minha pessoa, nem que acatem incondicionalmente as minhas idéias.

Este blog, no entanto, foi construído sob a égide do livre-pensamento iluminado pelo Espírito Santo, de modo que a intenção não é impor nada, e sim suscitar o debate acerca das nossas praxes eclesiásticas. Por outro lado, sei que algumas denominações possuem usos e costumes como parte da sua tradição, mas entendo que, à luz da bíblia, a ênfase exagerada em tais práticas transformando-as em meios da graça é prejudicial e herética.

Vamos, portanto, repensar a nossa fé! A reforma não é obra acabada. Sempre há algo novo para aprender, refletir e mudar.
Shalom!!!
Elisabete Casado.