quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A CENTRALIDADE DA CRUZ



Será que a escolha que os cristãos fizeram da Cruz de Cristo como símbolo de sua fé, surpreendeu a muitos?

A escolha que os cristãos fizeram da cruz como símbolo da sua fé é tanto mais que surpreendente, segundo o horror com que era tida a crucificação no mundo antigo.

Segundo a história, os gregos e os romanos se apossaram da crucificação que, aparen­temente, fora inventada pelos "bárbaros" que viviam à margem do mundo conhecido. E era, com toda a probabilidade, o método mais cruel de execução jamais praticado, pois deliberadamente atrasava a morte até que a máxima tortura fosse infligida. Antes de morrer, a vítima podia sofrer durante dias. Ao adotarem a crucificação, os ro­manos a reservaram para assassinos, rebeldes, ladrões, contanto que também fossem escravos, estrangeiros ou pessoas sem posição legal ou social. Os cidadãos romanos, a não ser em casos extremos de traição, estavam isentos de crucificação.

Se os romanos viam com horror a crucificação, imagine os judeus que viviam sob a lei de Moisés (Dt. 21:22-23). Eles, automaticamente aplicavam aos cri­minosos crucificados a terrível declaração da lei de que "o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus".

De forma que, quer de criação romana, quer judaica, ou ambas, os primitivos inimigos do Cristianismo não perdiam a oportunidade de ridicularizar a reivindicação de que a vida do ungido de Deus e Sal­vador dos homens tinha acabado numa cruz. E ainda hoje, em pleno século 21, na era da informática, encontramos pessoas, inclusive cristãs, com ideias preconceituosas em relação a cruz.

Por que os cristãos, então, não escolheram a manjedoura em que o menino Jesus foi colocado, ou o banco de carpinteiro em que ele trabalhou durante sua juventude em Nazaré, dignificando o trabalho manual, ou o barco do qual ele ensinava as multidões na Galiléia, ou a toalha que ele usou ao lavar os pés dos apóstolos, a qual teria falado de seu espírito de humilde serviço?Também havia a pedra que, tendo sido removida da entrada do túmulo de José, teria proclamado a ressur­reição. Outras possibilidades eram o trono, símbolo de soberania di­vina, o qual o apóstolo João, em sua visão, viu que Jesus partilhava, ou a pomba, símbolo do Espírito Santo enviado do céu no dia do Pentecoste. Qual­quer destes símbolos teria sido apropriado para indicar um as­pecto do ministério do Senhor. Mas, pelo contrário, o símbolo escolhido foi uma simples cruz.

O fato de os cristãos, teimosamente, terem se recusado, a descartar a cruz como simbolo do cristianismo, segundo o Dr. Stott, só pode ter uma explicação. Significa que a centralidade da cruz teve origem na mente do próprio Jesus. Foi por lealdade a ele que seus seguidores se apegaram com tanta tenacidade a esse sinal. Eles deseja­vam comemorar, como centro da compreensão que tinham de Jesus, não o seu nascimento nem a sua juventude, nem o seu ensino nem o seu serviço, nem a sua ressurreição nem o seu reino, nem a sua dádiva do Espírito, mas a sua morte e a sua crucificação.

Que evidência há, então, de que a cruz se encontrava no centro da perspectiva do próprio Jesus?
Segundo, Josh Mc Dowell, existem evidências históricas e Bíblicas que exigem um veredito... Portanto, somente à luz da Bíblia e da história, é que nós iremos entender os motivos pelos quais os cristãos se decidiram pela cruz de Cristo com símbolo do cristianismo.

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